Jair Bolsonaro não pode disputar as eleições de 2022

Como podem associar Bolsonaro a 2022?! Tenho lido algumas dezenas de comentários, no rastro da eleição dos EUA que retirou o mafioso Donald Trump (que não aceita sair), associando Jair Bolsonaro à hipotética eleição presidencial de 2022 no Brasil. Para mim, é sintoma de esquerda que padece de fraqueza, depois de tanto traumas, em eterna “resistência” aos descalabros da direitalha e sem colocar as suas cartas na mesa, sem mobilização, e de cúpulas eleitoreiras! Bolsonaro não merece e não pode disputar mais eleições nem completar mandato, tem de ser derrotado já ano que vem. Esta deve ser a agenda da esquerda, considerando seus pontos fracos:
 
1) Ele não consegue emplacar nenhum candidato nestas eleições municipais de 2020, ao contrário, derreteram ou nem decolaram e tiraram ele da campanha, porque é tóxico. Povo não é bobo, não quer replicar o desleixo federal criminoso no âmbito municipal, sobretudo o desleixo na Saúde em momento de pandemia.
 
2) Sem Trump, para quem não passava de capacho, Bolsonaro se consolida como um zumbi internacional. Quem será aliado de seu obscurantismo diplomático terraplanista?
 
3) Seu filho mais velho está encurralado pela justiça. Queiroz era amigão do pai quando Flávio Bolsonaro nem tinha nascido, ou seja, está metido junto… É muita bandidagem. Além de peculato, lavagem de dinheiro, organização criminosa, há a sórdida relação dessa família inteira – família estranhíssima – com milicianos assassinos do RJ, alguns deles diretamente envolvidos no assassinato de Marielle… Vai chegar em Bolsonaro ou tem de chegar, ou pelo menos o mancha.
 
4) Ademais, é um desgoverno ruim, fraco, incompetente e absurdo, que não fez nada que preste e nem vai fazer. Sem auxílio emergencial, a rejeição aumenta. Os sinistros Guedes e Salles sempre por um fio… Mais de 50 pedidos de impeachment na mesa de um liberal meio conservador Rodrigo Maia (crítico do desgoverno, porém amigo das contrarreformas), processo de cassação da chapa a ser discutido no TSE (uma via melhor do que o impeachment, porque Mourão, embora aparentemente mais maleável, é grau 33 da Maçonaria, apesar da cassação poder levar à eleição indireta)… É verdade que a esquerda não pode virar “gado” do judiciário burguês (a importância de Pachukanis), mas estes são elementos que complementam o jogo conjuntural de forças a respeito de um projeto de país e outro rumo.

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