Carlos Marighella, 51 anos Ver essa foto no Instagram #Marighella51Anos Reunião de ensaios, cartas, manifesto e poemas de Carlos Marighella (1911-1969), incluindo textos que só circularam clandestinamente. Militante comunista desde a juventude, preso por Vargas, deputado federal constituinte (na linha de negocismo com a burguesia “progressista”) e, depois de romper com o PCB (que, considerando inviável derrotar a ditadura militar com armas, investiu em passeatas e protestos), funda em 67 o maior grupo de luta armada contra a ditadura – a Ação Libertadora Nacional (quando já não havia conversa com burguesia alguma, e até Constituições civilizadas garantem insurreição debaixo dum AI-5), Marighella, o “inimigo número 1” da ditadura terrorista, aquele que nunca chorou senão ao saber dos crimes e traição de Stálin, que lutou sem ajuda da União Soviética (Estado que respeitava as intervenções imperialistas dos EUA), o “mulato baiano que morreu em São Paulo”, que “ousou lutar, honrou a raça”, que aprendeu “a ler olhando o mundo à volta e prestando atenção no que não estava à vista”, que soube que “para viver com dignidade Para conquistar o poder para o povo Para viver em liberdade Construir o socialismo, o progresso Vale mais a disposição”, CHAMA, “de algum lugar do Brasil”, todos nós, “especialmente aos operários, agricultores pobres, estudantes, professores, jornalistas e intelectuais, padres e bispos, aos jovens e à mulher brasileira” para abolirmos “privilégios e a censura”: “estabeleceremos a liberdade de criação e a liberdade religiosa” (hoje em dia, acabar com a bancada evangélica e pastores exploradores, fechar templos como Angola), “eliminaremos os órgãos da repressão policial”, agentes da CIA e torturadores executados após “julgamento público sumário”, expropriaremos os capitalistas, latifúndio, terras, bancos, fábricas e empresas aos trabalhadores, camponeses, inquilinos, reformaremos a Educação para a “libertação de nosso povo e seu desenvolvimento independente”, “daremos expansão à pesquisa científica”, “retiraremos o Brasil da condição de satélite da política exterior norte-americana para que sejamos independentes, seguindo uma linha de nítido apoio aos povos subdesenvolvidos e à luta contra o colonialismo”. Uma publicação compartilhada por Fernando Graça (@f.e.r.n.a.n.d.o.g.r.a.c.a) em 6 de Nov, 2020 às 5:55 PST Autor: Fernando Graça