“O Irã se une com a Arábia Saudita através da China. E a China, ouvi algumas pessoas dizerem: ‘Bem, o nosso dólar nunca perderá o padrão’. Eles estão brincando? A China quer mudar o padrão, o padrão monetário. E se isso acontecer, é como perder uma guerra mundial. Seremos um país de segunda linha. Se isso acontecer, seremos literalmente um país de segunda linha.
“Estamos perdendo o Brasil, estamos perdendo a Colômbia, a América do Sul, estamos perdendo o Irã, eles já o perderam, nós perdemos a Rússia e se ainda não os perdemos, eles vão. A China está ganhando. Então, a China se foi. Então, vemos a França caindo fora. O que está acontecendo? Estamos perdendo. Se perdermos nossa moeda, isso equivale a perder uma guerra mundial. Nossa moeda é o que nos torna poderosos e fortes.” – Donald Trump
O Brasil, econômica e estrategicamente importante, continua a ser um país de “terceiro mundo”, de capitalismo dependente (em termos marxistas de Florestan Fernandes, Caio Prado Jr. et al), no sentido de que há outros dois países poderosos de capitalismo próprio que disputam nas lutas de classes internacionais, comprando empresas brasileiras, sediando multinacionais aqui, pinçando nossos trabalhadores para lucrarem acionistas estrangeiros. Não mais a União Soviética, que nem chegou a tanto, nos “perdeu” para o golpe de 1964 da ditadura empresarial-militar ou nem teve interesse e não nos fez satélite; agora, é o capitalismo da China, um bebê da produção em larga escala, enquanto que os EUA tornaram-se já há décadas um decadente império do consumo, não mais da produção. Há ainda o poderio bélico envolvido… Alertei, anos atrás, em ensaio sobre caso exemplar, que envolve os trabalhadores brasileiros precarizados entre as atrozes Uber (EUA) e 99 (antes brasileira, comprada por uma gigante bilionária chinesa).