Não há “bolsonarismo”, porque não há nem mesmo elaboração intelectual e política dessa direitalha de chinelos.
Há gozo da desistência; triunfo da incapacidade; niilismo e falta de perspectiva política que revivem os resquícios ideológicos do nazifascismo; espoliados abandonados, desviados das verdadeiras urgências revolucionárias e político-econômicas e iludidos pelo evangelofascismo teocrático dos saqueadores de dízimo e fé alheia; moralismo farsante anticorrupção da mídia e da classe média, que respinga em incautos da classe trabalhadora, e que nada diz sobre a corrupção que é a mais-valia e o capital (para não dizer, agora, de familícia e centrão); preconceitos de todos os tipos que só servem para inferiorizar sujeitos da mesma classe; doutrina do “foda-se, mesmo que eu me foda junto” (essa pega todas as classes, mas sobretudo as mais abastadas), não sem táticas financiadas e importadas da extrema-direitalha negacionista internacional a fim de distrair dos crimes neoliberais, antissociais dos capitalistas.
12 de julho de 2020